Em tempos remotos, o negro não era belo,
Ou, se fosse, assim não seria chamado;
Mas agora surge o herdeiro da beleza negra,
E o belo está imprecado de bastardia;
Desde que as mãos detêm o poder sobre a natureza,
Embelezando a feiura com o falso rosto da arte,
A doce beleza não tem nome, nem jardim sagrado,
Vive profanada, ou foi desgraçada.
Os olhos de minha senhora são escuros como o corvo;
Tão belos são os seus olhos e a sua tristeza tão
comovente,
Que, mesmo sem ser bonita, ainda é bela,
Difamando a criação com falsa estima.
Eles se entristecem
com a própria aflição
Ao ouvirem que não
há beleza como a dela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário