quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

SONETO 78


Tantas vezes invoco-a como a minha Musa,
E encontro auxílio para o meu verso
Toda vez que uso a minha pena,
E por ti a sua poesia é aspergida.
Teus olhos, que ensinaram os mudos a cantar,
E a pesada ignorância a planar,
Criou plumas para a sábia asa,
E deu, à graça, majestade em dobro.
Mesmo me orgulhando do que compilo,
Cuja influência vem e brota de ti;
Na obra alheia apenas consertas o estilo,
E as artes com o teu dom são abençoadas;
Mas tu és toda a minha arte, e avanças
Tão alto quanto aprendo sobre o que nada sei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário