domingo, 3 de janeiro de 2016

SONETO 14


Não faço meus julgamentos pelas estrelas,
Embora conheça bem a astronomia,
Mas não para adivinhar o azar ou a sorte,
As pragas, as privações ou as mudanças de estação;
Nem posso adivinhar o futuro próximo,
Dando a cada um a sua tormenta,
Ou dizer aos príncipes se tudo passará,
Predizendo o que apenas os céus podem trazer:
Porém, retiro a minha sabedoria de teus olhos,
E neles (eternas estrelas) entendo a sua arte,
Pois, juntos, vencerão a verdade e a beleza,
Se, de teu próprio ser, verteres o teu alento,
Senão, isto, eu prenunciaria:
Em ti, toda verdade e beleza findam.

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