domingo, 3 de janeiro de 2016

SONETO 30


Quando, em silêncio, penso, docemente,
Sobre fatos idos e vividos,
Sinto falta do muito que busquei,
E desperdiço um tempo precioso com antigos lamentos:
Então, meus olhos naufragam sem mais saber chorar,
Por queridos amigos envoltos na noite do esquecimento,
E novamente choro o amor há tanto abandonado,
Gemendo por algo que não mais vejo:
Assim, posso sofrer as velhas dores,
E lamentar, de pesar em pesar,
Uma triste história de antigas mágoas,
Que pranteio como se não as tivesse pranteado antes.
Mas, quando penso em ti, querida amiga,
Todas as perdas cessam e a tristeza finda.

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