domingo, 3 de janeiro de 2016

SONETO 27


Cansado do trabalho, corro ao leito
Para repousar meus membros exaustos de viagem;
No entanto, inicia-se uma jornada em minha mente,
Depois que a atividade do meu corpo cessa:
Assim, meus pensamentos (vindo de muito longe)
Começam uma lenta peregrinação até onde estás,
E fazem que meus olhos sonolentos não se fechem,
Encarando o negror que os cegos veem:
Exceto que a visão imaginária de minh’alma
Traz a tua sombra invisível,
Que, como uma joia suspensa no escuro,
Adorna a noite turva, a renovar os seus traços.
Vê! Assim, de dia, as pernas e, à noite, a mente,
Nem por mim, nem por ti, encontram paz.

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