domingo, 3 de janeiro de 2016

SONETO 18


Como hei de comparar-te a um dia de verão?
És muito mais amável e mais ameno:
Os ventos sopram os doces botões de maio,
E o verão finda antes que possamos começá-lo:
Por vezes, o sol lança seus cálidos raios,
Ou esconde o rosto dourado sob a névoa;
E tudo que é belo um dia acaba,
Seja pelo acaso ou por sua natureza,
Mas teu eterno verão jamais se extingue,
Nem perde o frescor que só tu possuis,
Nem a Morte virá arrastar-te sob a sombra,
Quando estes versos te elevarem à eternidade.
Enquanto a humanidade puder respirar e ver,
Viverá meu canto e ele te fará viver.

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